quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Cuidado

Cuidado

O que penso?
Como penso?
O que sinto?
O que faço?

Pergunta-me o processo de subjetivação...
Esse senhor palavrão, que me obriga a ser!
Seja indivíduo, seja sociedade
Seja!

E se sou triste...
Chama o psicólogo!

Extra! Extra! Extra! Chama aqui também na promoção!
Na promoção da saúde... E leve seu produto com cuidado

Porque a crise chegou até na patologização,
De modo, que dar doenças aos outros também virou doença!
A qual se deu o nome de alienação.
                                 
Psicótico, louco, sofredor, marginalizado...
Livre, artista, feliz...
São muitos rótulos para uma estranheza só!

Que não me cabe, não me diz, não me escuta, não me acolhe,
Nem a mim, nem ao meu gole,
Que dirá ao meu trago, minha complexidade e o meu pó!

CUIDADO!
CUIDADO!

Assim, como organizar as ideias pra fazer uma poesia, o resultado é uma dissertação...
Afogar os loucos, ou não, em remédios e rótulos
É privar o outro da expressão de sua própria existência.

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